O sexto episódio do quadro “Fala, Corecon”, divulgado nesta segunda-feira (2/6), no programa Panorama, da TV Encontro das Águas, trouxe diretamente das ruas o pensamento da população sobre o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e sua importância para Manaus e o estado do Amazonas como um todo.
A apresentadora deste quadro é a presidenta do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM/RR), Michele Aracaty, que emitiu alguns esclarecimentos importantes acerca da atividade da Zona Franca de Manaus. “Você sabia que o modelo ZFM também está pautado pelo setor agropecuário¿ Convido a todos a assistir o quadro de hoje”.
Para a jornalista Andrea Vieira, sem a Zona Franca de Manaus não se consegue seguir muito à frente. “Porque a ZFM é a nossa mola propulsora”. Já a dona de casa Waldilene Passos, completou que o Polo Industrial de Manaus é muito importante, embora afirme que não temos esse retorno esperado do PIM. “Porque os preços mais baixos ficando lá para fora, mesmo que os produtos tenham sido fabricados aqui na nossa cidade”, questionou ela, salientando que a Zona Franca é muito importante para garantir empregos, e não consumo local.
Michele Aracaty explicou que o Polo Industrial de Manaus é um dos motores da economia do estado, principalmente, porque gera emprego e renda e está atrelado ao aspecto ligado ao investimento, ao comércio e ao serviço.
“Mas tenho que relacionar alguns desafios, sobretudo, na necessidade de melhorar a qualificação profissional, para que eu tenha mais oportunidades, principalmente, para quem mora na capital e quem vive nessa região como um todo. Porque o modelo ZFM não é somente o Polo, mas a parte da indústria, do comércio e serviço e também do setor agropecuário, o grande tripé do nosso modelo”, esclareceu Michele Aracaty, informando que o PIM gera em torno de 130 mil empregos diretos e indiretos, mas o comércio e o serviço geram outros 300 mil empregos, que totalizam mais de 430 mil diretos e indiretos.
“Por isso, é importante a sociedade conhecer toda essa cadeia, para que possamos lutar para o PIM permanecer em vigência, fazendo parte da economia regional”, finalizou a presidenta da Corecon.
Distrito Agropecuário
O Distrito Agropecuário da Suframa (DAS) corresponde a uma área de abrangência de mais de 600 mil hectares, que abrande os municípios de Manaus e Rio Preto da Eva, cortada no sentido Norte-Sul (pela BR-174) e em parte no sentido Leste-Oeste (Pela AM-10, que liga Manaus a Itacoatiara). E compreende empreendimentos voltados para agricultura, fruticultura, pecuária, produtos farmacêuticos, extrativismo vegetal, psicultura e turismo ecológico.
As atividades agrícolas também se estendem à área de expansão dos Distrito Industrial, que formam um cinturão verde na capital amazonense, voltada para a criação de aves, suínos e bovinos, além de empreendimentos destinados à psicultura, beneficiamento de madeira e, sobretudo, de horticultura.
O DAS conta tanto com propriedades cultivadas e criadas para o consumo próprio ou uso de cultura diversificadas de subsistência quanto para empreendimentos de médio e grande porte. Grande parte dos produtos que os manauaras consomem, principalmente, de hortifruti, vêm da produção que é produzida no DAS e acaba por movimentar a economia da região.
No local, produz-se de forma industrial, com grandes áreas plantadas e utilização de equipamentos de fertilização do solo, colheita, lavagem do produto e acondicionamento para comercialização. O DAS conta também com rodovias e vicinais para o escoamento da produção. A Suframa é detentora de lote de 100 a 2,5 mil hectares, que são cedidos mediante a concessão de direito real de uso. A CDRU é obtida a partir de processo licitatório e mediante a apresentação de projeto socioeconômico. A autarquia analisa o projeto, faz os ajustes necessários e dá o suporte para que o empreendimento possa virar realidade e contribuir para o desenvolvimento da região.